“Eu gostei de você como gostava de raspar a bacia em que minha mãe batia
a massa do bolo. Foi, sim. E também gostei de você como gostava de
andar no meio-fio sem cair nenhuma vez. Gostei de você como gostava de
pegar uma maçã na fruteira, subir no meu pé-de-nada (nunca brotava
frutinha) e comer tranquila. Gostei de você como gostava da sensação de
acabar um livro e sentir como se tivesse voltando de uma longa e
incrível viagem. Gostei de você como gostava da tapioca da minha vó, de
ser mimada quando gripava, de brincar de amarelinha e de fingir que era
cantora. Gostei de você como gostava de Chaves, e de desenho animado.
Mentira, mentira, tudo mentira... Ainda gosto.”
— Clara D.
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