sexta-feira, 25 de maio de 2012

“Eu gostei de você como gostava de raspar a bacia em que minha mãe batia a massa do bolo. Foi, sim. E também gostei de você como gostava de andar no meio-fio sem cair nenhuma vez. Gostei de você como gostava de pegar uma maçã na fruteira, subir no meu pé-de-nada (nunca brotava frutinha) e comer tranquila. Gostei de você como gostava da sensação de acabar um livro e sentir como se tivesse voltando de uma longa e incrível viagem. Gostei de você como gostava da tapioca da minha vó, de ser mimada quando gripava, de brincar de amarelinha e de fingir que era cantora. Gostei de você como gostava de Chaves, e de desenho animado. Mentira, mentira, tudo mentira... Ainda gosto.”
— Clara D.

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